Eliseu Gabriel e especialistas reunidos para debater violência escolar

Publicação: 11/09/2023

Prevalência, causas e estratégias de prevenção e de enfrentamento foram assuntos abordados.

Nessa segunda-feira (11/9), o vereador Eliseu Gabriel realizou o seminário “A Violência no Âmbito Escolar: Construindo Caminhos para a Convivência Positiva” para discutir prevalência e causas da violência escolar e as estratégias de prevenção e de como lidar. Gratuito, o evento aconteceu no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo, com a participação de especialistas na temática.

A violência escolar é uma preocupação crescente que exige atenção e ações imediatas. No entendimento de Eliseu Gabriel, a escola deve ser um ambiente privilegiado de aprendizagem e de desenvolvimento integral dos estudantes. “O que acontece é que, muitas vezes, torna-se palco de conflitos, intimidação, agressão e ataques violentos. A sociedade está muito violenta e isso se reflete na escola também. Nosso esforço deve ser voltado para prevenir as inúmeras violências que ocorrem nas instituições de ensino, pois a violência não combina com a educação. Enfrentar a violência escolar não é apenas uma responsabilidade das escolas”.

O objetivo do seminário foi o de pensar na promoção de escolas mais seguras e inclusivas, onde a violência seja reduzida e a convivência positiva seja incentivada.

Segundo dados da palestrante Telma Vinha, pedagoga, doutora em Educação pela Faculdade de Educação da Unicamp, desde 2001 até junho de 2023, foram contabilizados 33 ataques às escolas em todo o Brasil, sendo que 54,54% desses ataques foram realizados entre fevereiro do ano passado e junho deste ano. Desses número são 130 vítimas, sendo 97 pessoas feridas e 33 pessoas que perderam a vida (sendo 27 alunos, 4 professores e 2 especialistas). 

Nos dados apresentados, o número de mortes com armas de fogo é quase total, sendo responsável por 99%, sendo que das 34 escolas são 15 estaduais, 13 municipais e 6 particulares. A faixa etária dos autores com maior índice de ocorrência é dos 13 aos 15 anos (17 autores), tendo concepções e valores opressores como gatilho motivacional, ocasionado por ideais homofóbicos, misóginos e racistas, indícios de transtornos mentais variados (não diagnosticados ou tratados), sofrimento acentuado, busca de notoriedade, isolamento social, falta de propósito e culto à violência a armas. 

“Os atos de violência extrema que vivemos no Brasil nesses últimos anos são ataques que invadem as escolas, antes eram fatos isolados. Não acreditávamos que aconteceriam muito, mas atualmente isso virou um fenômeno, pois é uma violência que tem características específicas que diferenciam de outras violências. Mapeando todos esses ataques, descobrimos que as vítimas e as escolas não são escolhidas ao acaso. São adolescentes usuários de subcultura extremista existente em fóruns on-line de incentivo à violência, que eles encontram na deep web e em redes sociais como Twitter, Instagram, TikTok (que são abertos) ou comunidades (grupos) como o WhatsApp, Telegram, Discord e Reddit, isso sem falar em jogos violentos em que os usuários conversam entre eles por meio de chat”, disse Telma 

Foram quatro horas de um debate onde os participantes buscaram soluções para que a escola seja de fato um ambiente privilegiado de aprendizagem e de desenvolvimento integral dos estudantes. O seminário, “A violência no âmbito escolar: Construindo caminhos para a convivência positiva”, trouxe importantes ideias e teve por objetivo principal sensibilizar os participantes para a importância de abordar a violência nas escolas, fomentar a troca de experiências e boas práticas entre profissionais da Educação, alunos e demais interessados.

“Conseguimos reunir profissionais da Educação, estudantes, grêmios e integrantes das Comissões de Mediação de Conflitos da Secretaria Municipal de Educação, além dos debatedores que enriqueceram nosso seminário com dados e soluções para buscarmos um ambiente cada vez mais seguro nas escolas”, disse o vereador Eliseu Gabriel.

Presidente do IBSA (Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada), Cesar Callegari também fez parte da mesa e ratificou que uma escola com clima de paz é uma instituição não somente segura, mas de qualidade melhor. “Toda forma de repressão é uma forma de violência e violência gera violência. O que acontece em muitas escolas é o silenciamento de alunos e professores. Então, quando você mobiliza múltiplas formas de expressão e a escola se coloca para ouvir, a gente consegue entrar em um acordo democrático e participativo para que a escola seja mais segura”, explicou o sociólogo.

A Secretaria Municipal de Educação foi representada pelo diretor da Divisão de Gestão Democrática e Programas Intersecretariais. Rogério Gonçalves da Silva observa a atual situação de maneira preocupante. “É uma preocupação de toda a sociedade no enfrentamento contra a escola e na escola. Nós atuamos na perspectiva da educação em direitos humanos, primando pela participação e envolvimento dos estudantes e famílias com os educadores”.

Azuaite Martins de França, vice-presidente do Centro do Professorado Paulista (CPP), ressaltou que a violência está posta na sociedade e que combatê-la não é exclusividade daqueles que estão na escola, mas de toda uma sociedade. “Não adianta ser contra a violência, nós precisamos ser militantes do combate à violência”.

 

Projeto de Lei

Durante o evento, o vereador Eliseu Gabriel falou sobre o seu projeto de Lei (PL 523/2022) que cria comissões de proteção nas escolas. Um projeto que já foi aprovado em primeira votação e que segundo o parlamentar, a conversa com a Secretaria Municipal de Educação para ajustes finais do texto final já está em processo final.. “Foi um longo processo de construção conjunta de uma lei de proteção às crianças e adolescentes, essas comissões de proteção serão feitas pelos professores e gestores das escolas que estão mais próximas desses alunos e terão mais condições de identificar possíveis violências que essas crianças e adolescentes estão passando. Esse projeto deve virar lei muito breve, já acertamos a forma definitiva o texto com o executivo e deve ir em breve para segunda votação e posteriormente sancionado”, explicou o vereador 

Abaixo, confira a matéria produzida pela Rede Câmara e a íntegra do evento.

 

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