Ação de Eliseu Gabriel acerta retomada das obras da Ponte Pirituba

Publicação: 20/07/2022

A ponte parou? Parou por quê?

Nessas últimas três décadas, a região Noroeste, principalmente Pirituba, tem tido um grande crescimento. Exemplo são os grandes empreendimentos imobiliários que chegam à região, além da instalação do Instituto Federal e a próxima chegada do SESC, que o professor Eliseu conseguiu trazer para cá.

Cada vez mais essa “Ponte da Raimundo” é fundamental. É sobre ela e a luta judicial travada há dois anos que Eliseu Gabriel nos atualiza nesta entrevista, além de contar uma notícia em primeiro mão. Confira o vídeo abaixo.

 

 

Tantos anos lutando pelo mesmo problema não desanima, professor?

Não! Muito menos agora que obra já começou. Lembro que desde meu primeiro mandato como vereador, há 22 anos, ninguém na Prefeitura de São Paulo sabia da necessidade da construção da ponte. Fui eu que coloquei dentro do Executivo essa demanda para a região. Então, não desanimo nem desisto, continuo correndo atrás.

 

Como tudo começou?

Andei e conversei muito pela prefeitura com diferentes prefeitos. Foram inúmeras visitas a órgãos públicos, reuniões, mobilizações, abaixo-assinados. Na campanha à Prefeitura de São Paulo de 2012 conversei com alguns candidatos a prefeito sobre isso. O Fernando Haddad (PT) se interessou bastante, tanto que colocou em seu plano de governo e incluiu em seu programa eleitoral a construção da ponte. E ele venceu a eleição. Logo que assumiu a prefeitura, em sua primeira visita a Pirituba, eu o levei até o local onde deveria ser construída a ponte e mostrei diretamente o problema.

 

E depois de tanto trabalho, o que aconteceu?

A história é comprida. Com a decisão do prefeito, à época Fernando Haddad, de fazer a ponte, o primeiro problema foi conseguir os recursos. Isso foi encaminhado com a ampliação da Operação Urbana Consorciada Água Branca, aprovada pela Câmara, que passou a conter um trecho da Av. Raimundo Pereira de Magalhães. Com isso, o dinheiro da outorga onerosa das construções aprovadas naquela Operação Urbana poderia ser utilizado para a obra da ponte.

 

E como chegou a começar a obra?
A partir da definição dos recursos os estudos foram iniciados. O projeto aprovado é muito bom, inclui a passagem por baixo da linha da CPTM, no início da Av. Raimundo Pereira de Magalhães, e também o viário para as linhas de ônibus na área central da Lapa. O Haddad fez a licitação da obra, uma empresa foi a vencedora, com o valor que estava em torno de R$ 300 milhões, e uma placa de início da construção foi instalada na Av. Marginal.

Logo depois veio a eleição para prefeito e o eleito foi o João Doria. Por alguma razão, que eu desconheço, a coisa parou. O Bruno Covas, que assumiu a prefeitura com a candidatura do Doria para governador, decidiu e as obras foram iniciadas com o dinheiro do Fundurb, já em caixa.

 

Mas, parou. Parou por quê? 
Pois é, ela começou. Eu estive lá algumas vezes, no canteiro de obras, conferindo o andamento do trabalho, feliz com essa conquista. 
O projeto inicial não previa a construção de alças de acesso à Marginal em função de muitas desapropriações a mais que teriam que ser feitas, além de encarecer bastante a obra. Durante as audiências públicas que antecederam a definição do projeto, houve uma acirrada disputa entre grupos que defendiam alças e outros que entendiam que isso poderia ser resolvido com adequações no viário das imediações.  A prefeitura acabou aceitando a inclusão de alça de acesso à Marginal e deu início às obras. No entanto, logo depois, três associações de moradores de bairros da região da Lapa entraram na Justiça e conseguiram parar tudo.

 

Essas associações não querem a ponte que liga a Lapa a Pirituba?

Não é bem isso. Como eu falei, o projeto inicial aprovado não contemplava alça de acesso. As entidades entraram com ação no Ministério Público informando que a alça não tinha o EIA-RIMA (Estudo de Impacto Ambiental). Então, no início de 2020, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou a anulação da licença ambiental e o embargo da obra, embasado no fato de a alça ter sido incluída tardiamente no projeto.

 

O que o senhor está fazendo agora para resolver esse verdadeiro nó?

Estive no TJ-SP (foto), há duas semanas, e conversei com os responsáveis envolvidos na questão, mostrando o prejuízo financeiro com tudo parado, além dos transtornos à população que tanto necessita dessa ponte. Eles me apresentaram os problemas, inclusive citaram a determinação do Tribunal para que seja realizada perícia técnica para análise da documentação e da situação atual da obra e uma provável possibilidade de retomada. Informaram que há questões perfeitamente sanáveis. 
Na última semana, também estive em reunião com os presidentes das três associações que entraram na Justiça: AVL (Amigos da Vila Leopoldina), AMOCITY (Associação de Moradores da City Lapa – Canto Noroeste) e ASSAMPALBA (Associação de Amigos e Moradores pela Preservação do Alto da Lapa e Bela Aliança) que demonstraram disposição para ajudar na retomada dos trabalhos de construção da ponte.

 

E a prefeitura?

Eu conversei com o prefeito Ricardo Nunes, me dispus a ajudar a resolver esse impasse. O prefeito tem interesse nisso, o dinheiro já está disponível, precisamos é desatar esse nó. Veja que, mesmo com a obra parada, a prefeitura arca com custos de manutenção e segurança necessárias para manter os canteiros em ordem e evitar roubos e invasões na área. É dinheiro público se perdendo.

 

Quais são os próximos passos?

Após a tão produtiva reunião com o secretário Marcos Monteiro, Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), e com as associações citadas acima, que resultou na tão esperada notícia da retomada das obras, vamos conversar com o TJ e o prefeito.

A ponte de ligação Pirituba-Lapa é mais necessária do que nunca.

A demanda da região é absurda. Com o conjunto de prédios da MRV, a 1 km da Marginal Tietê, 20 mil novos moradores estão chegando em Pirituba.

 

Suas considerações finais.

Estou bastante otimista e fazendo um grande esforço para que a obra seja retomada. Acho que em alguns meses conseguiremos desatar esse nó jurídico/político. Reafirmo, todos esses anos de luta para ver a Ponte Pirituba-Lapa funcionando valerão a pena.

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